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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

É hora de acordar, Benfica

Mais um jogo, mais uma derrota. Começa a enfadar esta triste sina encarnada que teima em dar aos adeptos resultados pouco positivos, ainda que numa fase prematura.

É triste ver uma equipa outrora ganhadora sofrer golos em todos os jogos realizados nesta pré-época, é triste ver uma equipa desmoralizada, uma equipa onde a motivação é algo que não abunda e consequentemente origina perdas desnecessárias e que apenas fazem aumentar as previsões negativas da massa adepta.


Pouco posso apregoar sobre a partida de hoje (dado que apenas e infelizmente tive oportunidade de ver a primeira metade de jogo) mas posso claramente afirmar que no cômputo geral destes últimos jogos realizados, houve muito pouco Benfica. Chamemos-lhe uma equipa que veste de vermelho e que representa milhões de Benfiquistas mas não Benfica, não Sport Lisboa e Benfica porque esse é um clube de garra, mística e paixão e tudo isso ainda não se viu, seja desde o novo lateral esquerdo que não sabe defender ou do promíscuo presidente que tende a fazer negociatas à margem da estupidez em que toda gente ganha menos os verdadeiros interessados: Nós, adeptos.

Se urge uma mudança? Sim, urge, mas não só na equipa ou no corpo técnico. Uma mudança é urgente na frente de quem comanda este clube, uma mudança urge na frente da equipa principal de futebol pois um campeonato em quatro épocas não só roça o ridículo como é o mais fiel exemplo da incompetência no seu estado mais puro.

Chega de nos regozijarmos com 5 ou 6 jogadores convocados para as camadas jovens porque todos sabemos que o fatídico destino de todos esses miúdos craques não passará pelo Benfica aquando da sua profissionalização, porque teimamos em ser um clube que prefere gastar caro para comprar estrangeiro do que apostar na excelente formação que sai todos os anos. Isto, meus amigos, são coisas que por mais que tente puxar pela cabeça não consigo perceber visto que sou apenas mais um miúdo. Claro que no ponto de vista empresarial, o Benfica é dos melhores clubes europeus: Vem jogador, sai jogador, vende este para aqui, traz este para ali. Um vaivém infinito e que tende a expandir-se todos os anos.

O enorme Mário Coluna (esse que outrora levava as nossas cores mais alto, em épocas onde o Benfica ganhava títulos) disse: "Gostava que o Benfica tivesse mais portugueses, como no meu tempo."

Será que não gostávamos todos?

Pois.

Não queria focar a minha dissertação nesta assunto mas é claramente um dos mais polémicos e que mais comichão me dá aqui junto da zona lombar.

Ainda estou a tempo de vermos o verdadeiro Benfica, não este que se passeia na era JJ-Vieira, o Benfica que agarra os adeptos, que os chama, que enche estádios e corações, o Benfica que enriquece salas com troféus.

Esse, o verdadeiro.

Não deixemos o nosso clube viver à margem do que é ilícito, do que mancha o nome dos heróis que o elevaram a um estatuto a que só nós nos podemos gabar de possuir.

Não peço uma reconstrução total da equipa ou do corpo técnico, peço uma mudança de mentalidades, peço uma introspecção sobre o que já corre mal há muitos anos e reflexão sobre a opinião dos adeptos (esses que sabem verdadeiramente o que querem ver no seu clube) e consequente aplicação de medidas que favoreçam o Benfica. Não é difícil, mas se as gentes que tomam conta das rédeas do maior do mundo não mudarem de atitudes, não mudarem de estratégias e ideais, pouca esperança haverá.

Aos jogadores, pouco peço. Sintam o símbolo e a camisola que envergam, simplesmente. Se o fizeram, o resto virá por acréscimo.

Jogadores, treinadores e presidentes vão e vêm mas nós, adeptos, e a nossa paixão, seremos eternos.

Por isto e muito mais, acorda, meu Benfica.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

FCBxFCB Visto à Lupa.


Grande jogo que ocorrera hoje no Allianz Arena. Felizes os que tiveram oportunidade ver este grande espectáculo.

Pouco esperávamos deste encontro. Devido à falta de craques como Neymar, Xavi, Iniesta ou Dani Alves (entre outros) e ao facto de este ser o primeiro confronto do Barcelona versão 2013/2014 este não se constituía como um duelo a não perder, mas mais como um confronto importante para medir o pulso ao Bayern (já algo avançado em termos de pré-época) e ver como estava um Barça B ainda a pensar nas recentes férias.

Vamos aos pontos importantes deste duelo.

1ª Parte:

  • Ribery começou o encontro com uma vontade incrível de mostrar serviço. Desde cedo mostrou grande disponibilidade física e enorme qualidade técnica que baralhou por completo uma defesa apática do Barcelona nos primeiros 10/15 minutos. 
    Lahm festeja primeiro golo com os companheiros (foto AP)
  • 14' Primeiro golo do encontro. Lahm. O defesa. Adaptado a trinco. Com 1,68. A marcar de cabeça. Incrível, não é? Pois. Prova do quão coesa e segura estava a defesa Culé. Bom cruzamento de Ribery na assistência para uma cabeçada de raspão do considerado por muitos melhor defesa-esquerdo da actualidade.
  • 22' Messi vem buscar jogo numa tentativa desesperada de tentar levar a bola para a frente. Digna-se a ir atrás do meio-campo, recebe e faz passe longo milimétrico para a outra ponta do campo, do lado esquerdo, onde se iria iniciar uma jogada que em nada daria. Barcelona mal em termos ofensivos. Nem Messi, nem ninguém, em tentativas fora do comum, conseguiam quebrar o gelo da defensiva Bávara.
  • Bayern defendia largo, em todo o campo, aquando das ofensivas oponentes. Linha de 4 seguida por 1 homem que tanto se podia deslocar para a frente como para trás (jóker) e outra linha de 4 defesas estando os laterais (Alaba + Rafinha) a fechar bem o meio. Defesa intransponível.
  • Alaba muito bem durante a primeira parte. Exímio na defesa, não deixando qualquer bola passar e fazendo sempre excelentes antecipações. A acompanhar muito bem em termos ofensivos, chegando a protagonizar algumas boas jogadas/combinações entre vários jogadores dos quais se destacam Ribery. Bayern fazia nesta altura de jogo (meio da primeira parte, sensivelmente) uma pressão fortíssima lá na frente, não deixando o Barcelona alargar e praticar o seu tão aclamado jogo. De Messi, nem vê-lo.
  • Era notória a falta de liderança de Mascherano. Muita falta de coesão e segurança na defesa espanhola, sendo que o argentino em nada conseguia valer a sua experiência. Muito mal. Demasiados espaços abertos e uma falta de comunicação gritante (passo a antítese) entre todos os membros do quarteto defensivo. Péssima primeira parte do jogador culminada em várias faltas desnecessárias que lhe valeram a ele e a Bartra o cartão amarelo, ambos após faltas sobre Ribery que continuava a passear classe e "raquitisse", conseguindo cavar (como este exemplo) vários livres teoricamente perigosos para a defesa contrária.
  • 29' Grande jogada de combinação entre Alaba e Lahm (ambos defesas-esquerdos). 2/3 Passes de excelente entrosamento entre ambos, entrada na área e posterior perca de bola, mas ficando o sentido de oportunidade e a iniciativa para a história do jogo. Valeu pelo esforço de ambos que protagonizavam uma excelente partida.
  • 32' Livre directo de Messi batido de forma péssima. Bola acaba por parar no 2º anel do estádio. Nem de bola parada o Barcelona conseguia assustar o Bayern. Muller, do lado contrário, mostrava-se apagado, sem chances de golo e com pouco entrosamento com os dois alas mais adiantados. As bolas não chegavam mas ele também pouco as procurava.
  • 37' Primeira grande oportunidade do Barça. Tello recebe, começa a sprintar, Adriano abre na esquerda, Tello abre para o meio, vê um rasgo de espaço mesmo junto ao limite de começo da grande área e desfere um grande pontapé que ainda iria bater de raspão no poste. Boa tentativa individual mas que em nada reflectia o jogo apagado do Barça.
Excelente primeira metade do Bayern. Coesão defensiva, profundidade no ataque e bom entrosamento entre os homens mais adiantados. Barça, por outro lado, a ver jogar. Com menos posse de bola e com fraca posse de bola, sem conseguir impor, até então, o seu jogo. Nem os melhores lhe valeram.

2ª parte:

  • Muita mexidas no lado culé. Entra autenticamente a equipa B dentro de campo, ninguém que jogara a primeira parte volta a repetir presença no 11. Do lado alemão poucas mexidas. 
  • Bayern continua por cima nos minutos iniciais da segunda metade, forte a nível defensivo e ofensivo. Ribery continua a brilhar, com algumas percas de bola, mas sempre com grande aval no ataque dando mesmo a sensação de complicar as coisas simples, como que brincando com os miúdos culés.
  • 56' Barcelona recolhido ao seu meio-campo. Vendo o Bayern impor o seu jogo de passes curtos entre os defesas e médias mais recuados. Muitas trocas posicionais.
  • 61' Jovens jogadores sem qualquer segurança na defesa (à semelhança do que se sucedera na primeira metade). No entanto, algumas boas iniciativas (escassas) em termos ofensivos. Eles bem iam tentando...
  • 66' Sai o melhor jogador até então, Ribery. Entra, na mesma altura, Schweinsteiger, o que apenas vem provar a qualidade em termos de centro-campistas dos quais Pep Guardiola tem a felicidade de dispor. 
  • 69' Excelente tiki-taka dos jogadores culés. Possessão de bola fantástica de 2/3 minutos que demonstrou uma segurança e entrosamento entre todos que ainda não se vira no encontro. Muito boa esta iniciativa que em nada resultou mas que veio dar uma nova vida ao ataque do Barcelona. Equipa, nesta altura, em crescendo.
  • Barcelona melhor nos últimos minutos. Mais e melhor possessão de bola, outra equipa autenticamente, a saber explorar os seus pontos fortes (passe curto/trocas posicionais rápidas para a entrada dos alas) e os pontos fracos (mínimos e recorrentes devido à equipa B - praticamente - apresentada na segunda metade).
  • Até final houve uma evidente quebra de ritmo. Barcelona já conformado com a derrotado e Bayern a dar menos profundidade, com menos risco, tanto uma como outra estavam a saber perder/ganhar.
  • 87' Golo de Mandzukic e fecho do resultado em termos oficiosos. Excelente abertura de Alaba para Contento que por sua vez vai assistir o Croata, isolado, para fazer o segundo tento da partida. 
Resultado selado. Partida acabada.

Bayern com sinal + em todo o jogo, tendo sido a melhor equipa, aquela que sempre procurou o jogo dinâmico, aquele que sempre fez valer a sua qualidade ofensiva e segurança defensiva numa coexistência quase perfeita em toda a partida. A já boa rotação que leva é explicação, mas este Bayern, com este Pep, demonstrou hoje novamente argumentos que mais nenhuma equipa de topo mundial consegue nesta altura do campeonato. Meio-campo perfeito, defesa coesa e ataque a carburar ao mais alto nível. Temos, perante nós, uma equipa exímia.

Barcelona fraco, como esperado. Primeira parte péssima, nulo controlo de bola, más iniciativas atacantes e nem o melhor do mundo consegue por uma equipa a jogar ao seu nível (ainda que se tenha demonstrado em condições ainda muito precárias). Aumento de ritmo na segunda parte, com os jovens jogadores a querer mostrar serviço, boas iniciativas atacantes e defesa cumpridora mas ainda com graves lacunas. Segunda metade a correr melhor, também devido à vontade da equipa B em detrimento da falta de ritmo dos jogadores nucleares da primeira parte.

Valeu pelo espectáculo que, apesar de não ter sido nada de por aí além, foi bom, tendo sido uma partida de bola que deu gosto assistir

Melhores jogadores: Ribery e Alaba.

Ribery: Muito bem na ofensiva germânica. Técnica irrepreensível que lhe permitiram jogadas individuais fantásticas e que trocaram completamente as voltas aos defesas contrários. Está a um nível impensável neste fase da época. Um talento único.

Alaba: Que 'jogaço do defesa! O melhor a defender e um apoio incondicional no ataque com várias trocas de posição e jogadas de combinação com os outros atletas. 

Do Barcelona (e atendendo as 11 trocas efectuadas ao intervalo) é quase impossível distinguir alguém que se tenha destacado.


Agora, que venha de lá essa época "a sério"!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bruma Paím?

Já tinha saudades disto, não é que a escrita também pode ser um excelente refúgio dos problemas?

Mas adiante.

Bruma, já ouviram falar? 

Pergunta estúpida, esta, mesmo que não quisessem decerto que numa entrelinha do jornal ou no zapping que fazem aos canais de TV este hipotético nome já aparecera, ainda que raramente por boas razões.

Bruma é, talvez, o jogador mais promissor do futebol nacional, ou seja, por outras palavras, o novo Cristiano Ronaldo versão negra. Não, não vou falar do facto de ser mais velho do que tenta aparentar através de documentos oficiais e portanto, apesar de ter 'carinha de puto de 25 anos, para nós, e em termos oficiosos, tem apenas 18. É um rapaz muito prematuro, simplesmente. 

Para mim sem quaisquer tipo de dúvidas fora o melhor jogador da nossa selecção sub-20 no mundial. Soberbo, simplesmente. Um toque de bola fenomenal, um drible a fazer lembrar os melhores e um faro de golo único que lhe proporcionou alguns tentos de belo efeito. A Bruma não lhe falta nada. É um jogador bem apetrechado em termos técnicos e pouco desfavorecido em termos físicos. Tem um clube (ainda que em estado de decadência) que se refere a ele como jóia da coroa e tem a atenção mediática que um qualquer craque necessita para alimentar o seu ego.

Ao rapaz não lhe falta nada, ou, pelo menos, quase nada.

Fabio Paím, lembram-se?

É claro que se lembram. O rapaz era uma espécie de Bruma só que em chocolate-leite. Agora diz-se que anda para aí a aparecer na TV a saltar para a água.

Ele também tinha tudo e não, não vos vou relembrar da fatídica história de um rapaz que preferia as mulheres, o álcool e as noitadas ao sucesso, ao trabalho árduo. Sendo que esse tipo de pessoas para mim valem 0, simplesmente.

O que eu vos quero tentar parecer ou transmitir é que Bruma (ainda que em situação divergente) corre o risco de ser mais um craque esquecido, mais um jogador onde a fama e a vontade de chegar mais alto se podem constituir como autênticos entraves a uma carreira bem sucedida.

Bruma não mete para a veia, nem abusa no álcool, no entanto, ao contrário de Fábio, está sedento de uma fama e de um reconhecimento transcontinental que quiçá poderá nunca vir a alcançar porque simplesmente não está a cumprir com a ordem das coisas. Ele quer ser maior do que é, quer ser grande na medida em que pensa que a sua presença por si só já é algo, o que, na verdade, é falso. Ele bem tenta, mas não consegue. A imprensa dá-lhe valor porque vende, a audiência dá-lhe valor porque mete piada e o empresário dá-lhe importância porque sente que lhe saiu a sorte grande, mesmo sem ele a ter procurado.

É pena que pseudo-craques como este (que ainda não saíram da toca) pensem que já são alguém quando na verdade ainda não provaram ou ganharam nada. 

Bruma corre o risco de ser mais um para o monte. Corre o risco de ter apenas os seus 15 minutos de fama e depois desaparecer, numa morte social anunciada, sem qualquer outra oportunidade de voltar a brilhar.

A ganância destrói.

"Nunca dês um passo maior que a perna". Com este provérbio me despeço, por agora.

domingo, 30 de junho de 2013

Fim ou início de Ciclo?

"Já está" - Gritava o comentador após o remate de 'Pedrito Rodriguez, este que fora miraculosamente salvo por um David Luiz soberbo em toda a partida. E assim foi esta Taça das Confederações. Espanha partia como favorita (não obstante o facto do Brasil jogar em casa) e a sua vitória (após tantos tremendos feitos ao longo dos últimos anos) já não se constitui como uma surpresa. Porém, o Brasil (incorporado por David Luiz neste lance de analogia) surpreendeu. Não por ter ganho (ou também, váh) mas principalmente porque conseguiu praticar um futebol mágico, um futebol de entrosamento perfeito, um futebol de homogeneidade onde todos os sectores coexistiram numa poesia escrita por jogadores como Neymar ou Paulinho. E foi isto. Tal como David Luiz salvou o golo em cima da linha de baliza (surpreendendo Pedro), o Brasil tirou o seu coelho mais bonito da cartola e surpreendeu uma Espanha enraizada no futebol moderno, uma Espanha dominadora, uma histórica Espanha.

Posto isto, a pergunta que todos nos colocamos neste momento é: Será que isto é o fim de ciclo Espanhol?

Creio que não. Ou pelo menos, creio que isto é uma falha esperada, dado que num ambiente hóstil como o vivido no Brasil onde esta equipa era o claro alvo a abater e com os seus melhores jogadores vindos de épocas esgotantes, acredito, com base nisto, que a 'Roja' já previa uma possível quebra nesta em detrimento de um oponente mais forte em termos anímicos.

Mas o que retenho, após isto, não é um possível desaparecimento da Espanha da rota dos títulos, mas sim a reaproximação da selecção Brasileira de um trilho vitorioso que outrora já levou às lágrimas milhões de Brasileiros. Em tempos onde campeonato do mundo rimava com Brasil e onde, a pouco e pouco, se construíram eternas lendas que ainda hoje estão bem patentes na nossa memória e nos nossos corações.

Brasil está a construir uma equipa. Brasil está a construir um barco que teve nesta competição a sua primeira prova (ainda não de fogo) mas muito importante no contexto de grande competição. Aguardo ansiosamente a conclusão de uma equipa que, a meu ver, apenas precisa de um avançado regular e não de um Fred que fez uma Taça perfeita, mas que apenas esporadicamente apresenta o seu real valor. Até para quem dizia que David Luiz não era companheiro para Thiago, esta Taça fora uma grande lição, não que após isto esteja provado que o pupilo "Blue" seja dos melhores do mundo, mas, sinceramente e aqui para nós, será que não o é?

Quanto a Paulinho - Luiz Gustavo, apenas tenho uma palavra: Soberbo(s). Que coexistência perfeita entre dois génios que fazem do sector mais recuado do meio campo uma autêntica orgia de futebol bem praticado, uma batuta de jogo construída nestes dois pilares e repercutida no talento único de Óscar que faz lembrar o ainda craque Káká.

Na frente, Neymar é Neymar. Ainda não me conseguiu convencer totalmente (e enquanto não brilhar no Barcelona ao lado de craques como Messi ou Iniesta não o fará) mas ao longo dos tempos tem se vindo a mostrar com mais maturidade, mais cabeça, mais inteligência, ou seja, mais jogador da bola e menos atleta do chamado 'futebol de praia'.

Até no banco, a selecção Brasileira se pode orgulhar de meter muitas equipas de topo mundial no bolso.

Dos outros, não falo, até porque não vale a pena. A selecção vale pelo seu todo e o todo tem significado e, portanto, todos têm, à sua maneira, um grande valor para este primeiro feito de uma selecção que se aguarda exímia.

E agora, fica outra pergunta (à qual não serei eu a responder, mas vocês): Será que, a partir de hoje, se iniciou um novo ciclo no futebol de selecções?

domingo, 12 de maio de 2013

Pusemos-nos a jeito.


Agora, lúcido e conformado com a autêntica catástrofe que ocorrera  no Dragão, posso, finalmente, fazer uma parcial análise à partida.

Primeiramente, não creio que a culpa advenha de ninguém em particular (Como o JJ), mas sim do todo. O todo que jogou para o empate. O todo que entrou 'borrado de medo num ambiente que o estava a consumir enquanto entravam no relvado. Assim tem acontecido (não é só de agora) nos últimos anos. A equipa até pode vir de uma série de goleadas e com os seus níveis anímicos no máximo que, quando ouvem umas palavras pouco abonatórias do outro lado ou quando sentem que irão entrar no estádio do maior rival, tudo muda. É triste, mas é a verdade.

Ontem vimos um Benfica recolhido, uma equipa que desde cedo começou a desdobrar a sua estratégia em movimentos de contra-ataque e numa defesa organizada que, durante meia partida, até lhe deu frutos. Não era preciso ser 'adivinho para acertar no modo como o Benfica se ia dispor em campo e portanto podemos concluir que, tal como VP, todos já tínhamos a lição estudada. Matic foi (para variar de outros jogos) o melhor em campo e cedo podemos ver que era nele e em jogadores com funções mais criativas/ofensivas que recaiam um maior número de atletas contrários, chegando a sofrer estes pesadas faltas que desde cedo os limitaram em termos de movimentos. Ola John, como se previa, foi autenticamente comido por um ambiente ao qual ele pouco ainda está familiarizado em Portugal. Não conseguiu sobressair-se e teimava em não largar a bola (parecia que o cérebro lhe ia parando à medida que a recebia). Quando a Salvio/Gaitán, não há muito a dizer. Não há milagres e nem eles podem fazer tudo. Tiveram escassas boas iniciativas e foi devido a eles que o Benfica conseguiu ter bola.

André Almeida, por seu lado, esteve bem. Foi 'comido duas vezes pelo mesmo jogador do Porto na segunda metade mas a consistência em termos defensivos e a regularidade em termos ofensivos chegaram para não ter feito uma má exibição, de todo.

E agora, chegamos a Maxi. O incompreensível Maxi que faz o melhor numa semana e o pior na seguinte. O Porto acaba por chegar ao empate numa altura em que o Benfica necessitava obrigatoriamente de controlar o jogo e manter o 1x0 em que se encontrava naquela altura. No entanto, 6 minutos depois, eis que surge o golo do empate e, para mim, o início de uma caminhada triunfal dos Dragões na restante partida. Maxi voltou a errar. Não foi só hoje, não foi só nas últimas semanas mas sim em toda a época temos visto um Maxi cansado e que já não chega 'para as encomendas', passo a redundância. Hoje precisávamos que estivesse na sua melhor forma, mas tal não aconteceu. 'Marcou o golo adversário e conseguiu que fosse do seu lado que o segundo se originasse. Não me venham dizer que foi azar. Venham-me dizer sim, independentemente dos lances, que este lateral-direito não é o mesmo que já nos conseguiu levar à glória noutras alturas.

Dos restantes, pouco ou nada a dizer. Garay e Luisão fizeram, ao longo do jogo, o que lhes competia. Lima também tentou fazer mais do que podia e até nos fez sonhar aos 19' minutos. Enzo não conseguiu fazer mais. Anda esgotado, cansado e, por mais amor que tenha à bola, farto de ser a única opção credível para uma posição tão importante.

De referir, por último, que o menino Holandês, à parte de ter feito uma fraquíssimo jogo em termos ofensivos, cumpriu bem na defesa e até conseguiu aguentar o 'barco durante muito tempo.

Para a entrada de Roderick, só tenho uma coisa a dizer JJ: Mas qués'ta merda?!

Ainda nada está perdido. Acredito com todas as minhas forças que triunfaremos nas restantes finais que se avizinham e que, por mais mínima que seja a esperança, ainda temos uma última palavra a dizer no campeonato.

Amo-te, Benfica.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

D'outroMundo!


 É por isto que vale a pena viver quando se é amante incondicional desse desporto que é o futebol. Não há mais nada dizer, simplesmente. Pudemos assistir a mais história aliada a uma emoção desconcertante em dois dias, do que em vários anos a assistir a partidas deste carácter.
 Assistimos a duas vitórias numa perspectiva, assistimos a duas derrotas, pesadas por sinal, de outra completamente diferente, no entanto, todos podemos dizer que vislumbramos por estes dias o triunfo dos sobrevalorizados, dos corajosos. Daqueles que só se fala quando os interesses ou os triunfos são demasiado fortes para serem ignorados, dos fornecedores e não dos fornecidos, das equipas de segunda linha europeias e não do top-mundial.
 Porém, Bayern e Dortmund provaram que tudo isso não passa de invenções. São conhecidos por todo o mundo, admirados por metade e, mesmo assim, continuam com o amargo sabor de quem continua a ser uma opção e não uma certeza. Espero que os olhem de outra forma, anseio que os admirem ainda mais e que valorizem essa liga que não passa de um campeonato secundário em relação aos outros.
 Principalmente, espero que façam o meu coração bater tão fortemente como nestes dias, espero que me façam vibrar até ao final e ficar incrédulo com o que se sucede mesmo à frente dos meus olhos. Espero que me continuem a dar mote para saborear o futebol, saborear a vida. Espero tudo. De todos. E que assim seja, que se esqueçam as rivalidades e que se vivam ao máximo estes momentos históricos e de pura justiça. Eleve-se o futebol a outro nível, a um mesmo que só estas equipas podem oferecer.

 Obrigado Bayern. Obrigado Dortmund. As únicas emoções que proporcionaram a milhões de pessoas fascinadas como eu, são ouro. O vosso ouro. O ouro do futebol, esse pelo qual vibramos. Esse que é a nossa vida.

terça-feira, 5 de março de 2013

Diabos 'Blancos

Não ganhou quem foi melhor ou quem teve mais oportunidades de triunfar numa partida em que a sorte esteve do lado de quem menos a procurou. Ao Real Madrid sorriu-lhe a vitória, sorriu-lhe a sorte no final da partida, sorriu-lhe a arbitragem e, por fim, sorriu-lhe a passagem tão ambicionada.

Não vou entrar com falsos moralismos. A equipa de Manchester foi, no cômputo geral, a equipa que se apresentou em melhor estado e que deteve, em todo o caso, as melhores oportunidades. Torcia pelos 'Blancos, porém, no final, sentia uma sensação mista de quem vibrava pela passagem destes, mas de quem estava solidário com uma equipa que não merecia cair tão cedo. Secalhar o 'fair-play inglês fez-me bem e transcendeu-me novamente as emoções que mais nenhum futebol europeu consegue espelhar

Antes de ir, uma palavra de apreço aos adeptos ingleses. Verdadeiros seres humanos, verdadeiros torcedores e verdadeiros apreciadores do desporto rei. Ouvir um estádio inteiro entoar o nome de Ronaldo no ínicio e Mourinho lá mais para o meio da partida é algo impensável em qualquer estádio rival... menos em Inglaterra.

Mas ainda há dúvidas que este é o melhor futebol do mundo?

Até breve.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Uma Bola de Ouro anunciada


Por mais que a muitos custe acreditar, está encontrado o vencedor de tão prestigiado prémio.
A novela acabou. Os muitos golos que foram marcados desde há dois ou três meses, não servem mais do que para enfeite no respectivo encontro particular ou valência para a conquista dos objectivos do clube.
Esta é para cessar, por fim, este capítulo.
Antes disso, deixem-me iluminar-vos:
Ronaldo e Messi tiveram o infortúnio do destino de nascer ou competir, assim digamos, na mesma altura. A sorte, como muitos proclamam, não esteve do lado deles, mas sim do nosso que pudemos assistir a um dos melhores, senão o melhor, duelo entre jogadores de sempre. São de longe as estrelas de uma geração, os ex-libris de uma década repleta de bons talentos, mas não de excepcionais, como estes dois o são. E, por isso, é inútil perder-se mais tempo em comparações dado que estas não servem para nada mais do que exultar jogadores que se completam. Diferentes. Mas iguais na forma como representam e transmitem uma paixão que transcende em larga escala um simples jogo de futebol.
Era este o mote. São ambos os melhores. E é naqueles que verdadeiramente sentem a responsabilidade de os eleger perante todo um mundo sedento de ver as mais inóspitas comparações que devia repousar este juízo. O prémio devia ser dado aos 2. E se não fosse, que não existisse, sequer, tal distinção. (E sim, falo bastante a sério).
Porém, houve que mais se destacou. Ou melhor, houve um para o qual é injusto não ser distinguido este ano. Há um que sente que é ilegítimo um jogador a quem é regularmente comparado, ser distinguido por 4 vezes ( se o for este ano ) e ele o ser apenas 1 vez, quando sabe que não tem menos valor. Ronaldo ganhou o campeonato Espanhol. Chegou às meias-finais da Liga dos Campeões. Foi um dos melhores jogadores do Europeu de Futebol e tanto quanto se sabe, reportando-nos à Copa América, Messi não terá brilhado tanto, sendo que a Taça até fora disputada em solo nacional (Argentina).  Mas Messi voltou a ser melhor em termos individuais. E agora como é? É como vocês quiserem. Lionel vai ser, sem dúvida nenhuma, o melhor jogador de todos os tempos. Mas não é o mais completo. Tem que haver o jogador mais polémico, o que mais fãs no Facebook tem, o que marca com o Calcanhar, o que faz passes com as costas e o que mais vezes manda os adeptos para o *.
Ronaldo pode não ser o melhor no mundo. Pode não respeitar os adversários nem deter a humildade que muitos falsamente demonstram. Mas foi o melhor do ano, o que mais se esforçou e um atleta que merece muito mais do que o endeusamento de alguns jornalistas Portugueses.
Julguem-nos pelo trabalho feito e não pela simplicidade demonstrada. São pagos pelo que fazem dentro de campo e não pela vida que cá têm fora.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Sporting de Outrora


Após inúmeros períodos onde os triunfos e títulos eram o prato do dia, o clube leonino vê-se envolto numa total crise onde a suplantação é matéria impossível.

Diz que acabou. E mesmo que não dissesse, já todos tínhamos comprovado a inexistência de garra e volubilidade neste Sporting que já ninguém conhece.

O problema, contrariando todos os ditos dos mais “entendidos”, centra-se na instituição e não nas variadas personalidades que por lá, todos os anos, fazem escala. O clube é uma organização ostracizada, gasta e repelente. As ideias mudam, mandato após mandato, técnico sobre técnico, mas as execuções prevalecem fiéis a inutilidade e à não evolução de que os senhores do poder nesta organização outrora triunfante teimam em lá não incutir.

A mentalidade prende-se na derrota. Os atletas entram em campo com uma relutância tal em relação ao passado recente que não têm oportunidade de brilhar, de exibir o seu real valor e ajudar a formação que os acolheu e se comprometeu a torna-los melhores em todos os aspectos. A isto, eu chamo responsabilidade acrescida. A isto, eu chamo herança injusta dos novos talentos. A isto, eu chamo má gestão e negligente administração de todos os vectores desportivo-burocráticos do clube de milhões de pessoas.

Não sou Sportinguista, porém, tenho opinião formada acerca deste assunto já há largos meses, dado que a situação catastrófica que se vive também já não é de agora. O que se está a passar transcende em larga escala a vergonha, o pudor e o desrespeito. Vergonha e pudor da situação e desrespeito pelos incondicionais apoiantes que, por mais que tentem, não conseguem descobrir mais motivos para prolongar e continuar aplaudindo a massa directiva do clube. É uma situação incompreensível. Depois de, em tempos, ser considerada a melhor equipa Portuguesa e hastear a bandeira Portuguesa bem alto em termos Europeus, o Sporting vê-se resignado à condição de outrora grande Português que actualmente se encontra em decadência. E, por mais incrível que pareça, não existe consenso algum relativamente ao que causou este decréscimo de triunfos e financeiro que está, a ritmo acelerado, a acabar com o que resta desta formação.

Para mim e para tantos outros, devia ser óptimo o que está a acontecer, mas não é. Os derbys já não são o que eram, a rivalidade Porto-Benfica  acresceu tanto que já assume um papel mais importante em relação à dos vizinhos “lisboetas”. O Braga, ainda que não seja oficialmente proclamado, é, actualmente em termos desportivos, o 3º grande, deixando para trás este Sporting ineficaz. O clube leonino passa vergonhas lá fora e demonstra uma imagem irreal daquilo que é ou do que muitos craques o fizeram.

É preciso deixar de se defenderem com os atletas que formaram e começar a regozijarem-se com os títulos que ganharam.

Para bem do futebol Português, não morras Sporting.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cantera

A demonstração de qualidade por parte da formação é constante e, não obstante, continua a haver nulos atletas portugueses no 11 encarnado.

André Almeida, “que jogão”. Mais palavras para caracterizar a tremenda partida do jovem atleta apenas servem de enfeite. Claramente esteve acima da média dos restantes atletas, com a agravante de ter diminuta experiência ao mais alto nível e de ser a sua estreia absoluta nas competições Europeias. Para além de ter admirado toda uma legião de adeptos, mostrou que soluções para o lado direito da defesa são algo que não carece no plantel e que, perante tal talento, merece mais chamadas e consequentes subidas à equipa inicial. Mas centremo-nos.

Nefastamente, nos últimos tempos e em grosso modo, a formação de onde figuram atletas predominantemente Portugueses e que se aperfeiçoa nos escalões mais baixos do emblema encarnado não tem lucrado. Ou seja, os vários técnicos “alérgicos a Portugueses” para além de não aproveitarem os “talentos grátis” fazem questão de se perfilarem como autênticos mercenários ao cedê-los a clubes onde o contra-ataque se apresenta como a forma de jogo mais comum. A isto se alia a madrasta sorte de praticamente todos os jogadores não singrarem nem tampouco darem nas vistas nesses clubes teoricamente mais fracos e na prática mais pequenos.

O que aqui queria vincar é que é negligente não rodar estes jogadores. Qualidade comprovada pelos anos de formação, contratação gratuita mediante o termo do contrato e juvenilidade oferecida ao plantel. Não se pode cingir estes atletas à lista de objectivos da liga dos campeões, é preciso rodá-los nas competições secundárias, fazer-lhes ganhar experiência ao mais alto nível, impor-lhes alto ritmo, torna-los jogadores e depois, posteriormente a tão maciço trabalho, aliená-los para clubes compradores e em ligas mais competitivas. A isto eu chamo visão de mercado. A isto eu chamo inteligência. A isto todos deveriam chamar retorno gratuito.

A par de outros clubes, em diferentes ligar, a “cantera” é muito mais do que crianças a exercitarem o seu gosto pelo desporto. A formação tem que ser o sítio onde, desde tenra idade, se aperfeiçoam, se moldam e se prosperam os melhores talentos, um sítio onde pelo menos uma chamada à equipa principal esteja garantida, um lugar onde o talento não se perca por entre os demais clubes de segunda com talentos de primeira.

O que é nacional é óptimo. Não desgracem o talento “Português”.