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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Bruma Paím?

Já tinha saudades disto, não é que a escrita também pode ser um excelente refúgio dos problemas?

Mas adiante.

Bruma, já ouviram falar? 

Pergunta estúpida, esta, mesmo que não quisessem decerto que numa entrelinha do jornal ou no zapping que fazem aos canais de TV este hipotético nome já aparecera, ainda que raramente por boas razões.

Bruma é, talvez, o jogador mais promissor do futebol nacional, ou seja, por outras palavras, o novo Cristiano Ronaldo versão negra. Não, não vou falar do facto de ser mais velho do que tenta aparentar através de documentos oficiais e portanto, apesar de ter 'carinha de puto de 25 anos, para nós, e em termos oficiosos, tem apenas 18. É um rapaz muito prematuro, simplesmente. 

Para mim sem quaisquer tipo de dúvidas fora o melhor jogador da nossa selecção sub-20 no mundial. Soberbo, simplesmente. Um toque de bola fenomenal, um drible a fazer lembrar os melhores e um faro de golo único que lhe proporcionou alguns tentos de belo efeito. A Bruma não lhe falta nada. É um jogador bem apetrechado em termos técnicos e pouco desfavorecido em termos físicos. Tem um clube (ainda que em estado de decadência) que se refere a ele como jóia da coroa e tem a atenção mediática que um qualquer craque necessita para alimentar o seu ego.

Ao rapaz não lhe falta nada, ou, pelo menos, quase nada.

Fabio Paím, lembram-se?

É claro que se lembram. O rapaz era uma espécie de Bruma só que em chocolate-leite. Agora diz-se que anda para aí a aparecer na TV a saltar para a água.

Ele também tinha tudo e não, não vos vou relembrar da fatídica história de um rapaz que preferia as mulheres, o álcool e as noitadas ao sucesso, ao trabalho árduo. Sendo que esse tipo de pessoas para mim valem 0, simplesmente.

O que eu vos quero tentar parecer ou transmitir é que Bruma (ainda que em situação divergente) corre o risco de ser mais um craque esquecido, mais um jogador onde a fama e a vontade de chegar mais alto se podem constituir como autênticos entraves a uma carreira bem sucedida.

Bruma não mete para a veia, nem abusa no álcool, no entanto, ao contrário de Fábio, está sedento de uma fama e de um reconhecimento transcontinental que quiçá poderá nunca vir a alcançar porque simplesmente não está a cumprir com a ordem das coisas. Ele quer ser maior do que é, quer ser grande na medida em que pensa que a sua presença por si só já é algo, o que, na verdade, é falso. Ele bem tenta, mas não consegue. A imprensa dá-lhe valor porque vende, a audiência dá-lhe valor porque mete piada e o empresário dá-lhe importância porque sente que lhe saiu a sorte grande, mesmo sem ele a ter procurado.

É pena que pseudo-craques como este (que ainda não saíram da toca) pensem que já são alguém quando na verdade ainda não provaram ou ganharam nada. 

Bruma corre o risco de ser mais um para o monte. Corre o risco de ter apenas os seus 15 minutos de fama e depois desaparecer, numa morte social anunciada, sem qualquer outra oportunidade de voltar a brilhar.

A ganância destrói.

"Nunca dês um passo maior que a perna". Com este provérbio me despeço, por agora.

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