Witsel está confirmado no emblema que mais gastou neste defeso.
Insultos e mais insultos. Assim vai a vida nas redes sociais
acerca deste infortúnio do destino a quem o Benfica, novamente, volta a prestar
contas. Depois de ter vendido o pilar do meio-campo por uma “pechincha”, o clube
da Luz fica de novo privado de um dos seus melhores jogadores, não só pela
polivalência da qual era detentor mas também devido à técnica e velocidade
aliada que poucos conseguem aferir. Mas, para que conste, o presidente do clube
encarnado pouco ou nada é responsável por tal mexida na equipa visto que o
Zenit terá “batido” a clausula de rescisão, como já se confirmara, e a decisão
de trocar o calor Lisboeta pelo Inverno gélido de São Petersburgo cabia, única e
exclusivamente, ao médio Belga, havendo ainda uma mínima réstia de esperança
quanto à decisão do jogador. Porém e deitando por terra toda e qualquer “confia”
dos adeptos do clube onde até então brilhava, Axel aceitou a proposta
milionária e auferirá a um majestoso salário numa liga tão competitiva como a
Russa. A ironia, claro…
Mas esmiucemos a questão, visto que será a última vez que
escrutinaremos alguma decisão relativa ao jogador no nosso clube. Witsel, para
além de dar um passo em falso na carreira (daqueles mesmo muito maldados),
desilude uma inteira nação que depositava nele grande confiança nos embates e
grande ânsia como fiel atleta. Tudo fachada, portanto. Que o amor à camisola
deixou de existir, já não é novidade para ninguém, mas agora voltar as costas
ao clube que o acolheu e o fez jogador por um monte de notas já é algo
completamente diferente. O futebol moderno instalou-se na Europa,
infaustamente, e agora ou se têm dinheiro para comprar ou uma excelente escola
para formar. Como o Zenit, Anzhi ou PSG, apenas citando exemplos, não apostam
na “cantera” disponível, empenham-se em gastar os dólares de petróleo dos quais
os seus donos são possuidores, transformando as respectivas Ligas na mesma
matéria excrementícia que eram, mas com jogadores de elite. E o Belga foi mais
um iludido, dotado ou não de inteligência, jogou pelo seguro e garantiu precocemente
a sua reforma, e não o podemos julgar. Podemos sim julgar o futebol que se
estagna, não obstante a sua contínua ida à Liga Milionária. Ele é craque e o
Benfica teve a sorte de possuir um dos grandes talentos da década, sem exagero,
mas ele merecia mais, merecia um clube que fizesse de tudo para o colocar no
ciclo vicioso, nas grandes ligas, oferecer o seu grande talento aos melhores do
mundo e os clubes milionários Russos não são mais que um mata-carreiras, um
mata-talentos e sobretudo, um mata-economia.
Quanto ao clube pelo qual todos aclamamos, este foi mais um
duro golpe e não pela saída, mas sim pela inexistência de alternativas. Se o
meio-campo teve uma perda capital com a saída de Javi, com a de Witsel está em
vias de arruinação.
Ao Axel, desejo as maiores felicidades. Sempre fui um
grande fã dele e se há aspirante a futebolista que se preze, tem-no a ele como
ídolo. Boa sorte com o Bruno Alves e com a tremendamente competitiva Liga
Russa, possuidora de imensos clássicos e estádios repletos de adeptos, para não
mencionar os emotivos jogos e as equipas de alto nível.
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