Após inúmeros períodos onde os triunfos e títulos eram o
prato do dia, o clube leonino vê-se envolto numa total crise onde a suplantação
é matéria impossível.
Diz que acabou. E mesmo que não dissesse, já todos tínhamos
comprovado a inexistência de garra e volubilidade neste Sporting que já ninguém
conhece.
O problema, contrariando todos os ditos dos mais
“entendidos”, centra-se na instituição e não nas variadas personalidades que
por lá, todos os anos, fazem escala. O clube é uma organização ostracizada,
gasta e repelente. As ideias mudam, mandato após mandato, técnico sobre
técnico, mas as execuções prevalecem fiéis a inutilidade e à não evolução de
que os senhores do poder nesta organização outrora triunfante teimam em lá não
incutir.
A mentalidade prende-se na derrota. Os atletas entram em
campo com uma relutância tal em relação ao passado recente que não têm
oportunidade de brilhar, de exibir o seu real valor e ajudar a formação que os
acolheu e se comprometeu a torna-los melhores em todos os aspectos. A isto, eu
chamo responsabilidade acrescida. A isto, eu chamo herança injusta dos novos
talentos. A isto, eu chamo má gestão e negligente administração de todos os
vectores desportivo-burocráticos do clube de milhões de pessoas.
Não sou Sportinguista, porém, tenho opinião formada acerca
deste assunto já há largos meses, dado que a situação catastrófica que se vive
também já não é de agora. O que se está a passar transcende em larga escala a
vergonha, o pudor e o desrespeito. Vergonha e pudor da situação e desrespeito
pelos incondicionais apoiantes que, por mais que tentem, não conseguem
descobrir mais motivos para prolongar e continuar aplaudindo a massa directiva
do clube. É uma situação incompreensível. Depois de, em tempos, ser considerada
a melhor equipa Portuguesa e hastear a bandeira Portuguesa bem alto em termos
Europeus, o Sporting vê-se resignado à condição de outrora grande Português que
actualmente se encontra em decadência. E, por mais incrível que pareça, não
existe consenso algum relativamente ao que causou este decréscimo de triunfos e
financeiro que está, a ritmo acelerado, a acabar com o que resta desta
formação.
Para mim e para tantos outros, devia ser óptimo o que está a
acontecer, mas não é. Os derbys já
não são o que eram, a rivalidade Porto-Benfica
acresceu tanto que já assume um papel mais importante em relação à dos
vizinhos “lisboetas”. O Braga, ainda que não seja oficialmente proclamado, é,
actualmente em termos desportivos, o 3º grande, deixando para trás este
Sporting ineficaz. O clube leonino passa vergonhas lá fora e demonstra uma
imagem irreal daquilo que é ou do que muitos craques o fizeram.
É preciso deixar de se defenderem com os atletas que
formaram e começar a regozijarem-se com os títulos que ganharam.
Para bem do futebol Português, não morras Sporting.
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